domingo, setembro 20, 2009

mão no dia




















olho com as mãos o dia

faz-se noite escura.

o tempo é indefinido

nos espaços renovados


sem distâncias a noite infiltra-se

no meio.

os muros tremem

ao ruído das sirenes


são tóxicos os vultos

que caminham sem crescer


tudo é alheio ao sentido da vida


fugiu a sombra

e o ontem adormeceu hoje





helena maltez





12 comentários:

Paula Raposo disse...

Belo! Beijos.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Lena

achei o poema muito bom.

uma boa semana!

Lobo das Estespes disse...

confirmo, a sombra fugiu e eu dei-lhe abrigo nos meus olhos. ;)*

Elvira Carvalho disse...

Um bom poema. Gostei.
Um abraço

Teresa lucas disse...

bonito poema.è bom ver a cabana das palavras com novas palavras.
Beijos

Graça Pires disse...

"fugiu a sombra
e o ontem adormeceu hoje"
Um belo poema com que regressas à tua cabana. Um beijo.

margusta disse...

Querida Lena,

...tinha tantas saudades de te ler!!!

Desejo que tudo esteja bem contigo minha amiga.

O teu poema...Lindo...Sentido...tão teu!

Um abraço enorme em voo de gaivota,
Margusta

Anónimo disse...

Olá, Lena!
Poema lindo, como linda é a sensibilidade que colocas nos teus postes!
Tudo de bom!
Bjs

Teresa lucas disse...

menina onda, anda muito preguiçosa com o blog.
Beijos e tudo de bom
Teresa

saisminerais disse...

Lena
O tempo que inevitávelmente passa pode nos levar tudo mas nunca os nossos sonhos e a lembrança dos amigos que fazemos ao longo doas anos, tu és sem sombra de dúvida alguem por quem nutro uma amizade enorme! Se lembrar que nunca tive o gosto de te olhar bnos olhos pessoalmente. Mesmo assim és uma mulher que me cativou toda a atenção, passam-se meses até sem que te venha ler, mas mente alguem que pense que foi por esquecimento,,,
Continuo a ser teu fan e a gostar do teu jeito lindo de poetizar. ès a maior.
Beijinhos do teu amigo Alexandre
Deixo-te aqui algo meu...

http://saiminerais.blogspot.com/2009/11/amigo-e.html

Não importa a distancia, nem se o sol se põe

O que importa é que vc existe, que eu sou seu amigo

Isso faz com que meu coração sinta a saudade a dobrar.

Se entender que jamais iria ter o prazer de te voltar a falar

Voltar a escutar teu coração numa balada acapela

Sem musica de fundo nem o pestanejar de olhos

Onde o brilho mais se parece com lágrimas

Lágrimas a cair no rosto durido tentando esvoaçar um sorriso.

Madalena disse...

o verso final dá que pensar :)

gostei.

beijinho**

tulipa disse...

QUERIDA LENA:

Vou montar outra exposição de fotografia.
A exposição procura divulgar o que vivenciei pelos caminhos da Índia. Tendo como ponto de partida a fotografia, faço uma reflexão através do tempo sobre imagens que descrevem a solidão dos povos e o significado do seu sofrimento bem como da sua alegria envolvida pela pobreza de géneros necessários à sua sobrevivência, a par da solidariedade e esperança de uma justiça digna.

Aos poucos vou conseguindo aquilo que quero, ou seja, esta EXPOSIÇÃO está aberta aos sábados de tarde, para proporcionar às pessoas que trabalham a oportunidade de a visitar numa tarde de sábado.

Estás convidada para a inauguração no próximo sábado, dia 21 de Novembro, pelas 14h 30m.

Será desta que nos vamos conhecer?
Conto com o apoio de todos os que me têm acompanhado ao longo deste tempo, na blogosfera.
Um abraço forte.

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...